Vincenzo não responde, apenas segura a taça por alguns segundos, girando o vinho de leve, como se buscasse nas voltas lentas do líquido a calma que o raciocínio já não oferece.
O olhar dele permanece fixo em um ponto qualquer sobre a mesa, distante, sem revelar o que realmente pensa.
Em seguida, leva a taça aos lábios e toma tudo de uma vez, o gesto contido, mas carregado de um silêncio pesado, como se o vinho fosse a única forma de conter o que ele não queria transformar em palavras.
— Sei exatamente o que está passando pela sua cabeça, Vincenzo. — Vittoria declara, mantendo o olhar firme sobre ele. — Mas o cenário mudou, e eu também. Já não há mais nada a perder, somente decisões a sustentar.
— Vittoria…
— Não tente me convencer do contrário. — Interrompe, a voz firme e o olhar inabalável. — Ou você se muda de vez para Bath comigo, ou fico aqui. — Declara sem hesitação, cada palavra dita com a calma de quem já decidiu o próprio destino e não pretende recuar.
— Cazzo! — Resmunga, lar