O silêncio entre eles permanece por alguns instantes, pesado e necessário, até que Vittoria se afasta levemente do peito dele e encara as sementes sobre o balcão.
O olhar dela se detém nelas como quem observa uma promessa, uma forma de transformar o que resta da dor em algo que possa renascer.
Vincenzo acompanha o movimento com calma, consciente de que, naquele instante, não há palavras que possam aliviar, apenas gestos que precisam ser respeitados.
— Quero plantá-las hoje. — Vittoria declara, com a voz quase sussurrada, mas firme o bastante. — Antes que a coragem me falte.
— Então iremos agora. — Vincenzo responde, em tom suave, e segura a mão dela com delicadeza, o toque leve, mas carregado de presença.
Então Vincenzo pega as sementes e, em seguida, estende a mão para ela, e juntos, eles deixam o apartamento.
O silêncio acompanha o trajeto, denso, mas sereno, e cada quilômetro percorrido parece carregar um significado próprio.
Ele dirige até a trilha que dá acesso ao mirante, o mes