Por um momento, todos permanecem em silêncio, como se até a respiração tivesse se tornado uma ameaça.
Vincenzo brinca com o pino da granada entre os dedos, o gesto lento e quase hipnótico, como se segurasse o destino de cada homem naquela sala sem a menor pressa.
Alguns trocam olhares inquietos, calculando o risco de reagir, enquanto outros, presos ao velho código de honra, preferem acreditar que ele jamais teria coragem de puxar o pino.
Ainda assim, o olhar de Vincenzo, frio, sereno e levemente divertido, os faz compreender que, se houver uma linha entre blefe e destruição, ele está perigosamente próximo de cruzá-la.
— Sabem o que é curioso? — Vincenzo pergunta, caminhando lentamente ao redor da mesa. — Vocês me veem como um menino brincando de ser Don, mas, no fim, tenho mais coragem do que qualquer um de vocês aqui. — Afirma, parando atrás da cadeira de Alfonso. — A diferença é que ajo à luz do dia, enquanto vocês se escondem nas sombras, tramando como covardes e jurando respeitar o