Seraphina caminha com passos leves, o vestido vinho delineando as curvas com uma elegância natural e perigosa, e o sorriso, discreto e sereno, carrega o tipo de encanto que desperta desejos silenciosos em quem ousa observá-la por tempo demais.
— Aquele é o...
— Ricardo Bellandi. — Tommaso completa, interrompendo a fala do irmão, o maxilar se contraindo em um reflexo involuntário que ele não consegue disfarçar. — O que ela está fazendo com ele?
— Negócios, talvez. — Fabrizio responde, o tom ácido e o olhar carregado de desdém. — Ou fazendo o que sabe de melhor, abrindo as pernas para quem pode lhe dar vantagem.
Tommaso não responde, continua observando os passos dela, incapaz de desviar o olhar, enquanto ela inclina levemente a cabeça e sorri diante de algo que Ricardo sussurra próximo ao seu ouvido, o gesto simples faz o sangue dele ferver em silêncio.
O coração dele bate mais rápido, um desconforto estranho se instala no peito e, por um instante, ele tenta racionalizar o próprio inc