Por um momento, o silêncio se estende, pesado, enquanto do outro lado da linha Bianca respira fundo, o som abafado dos soluços ainda preenche o espaço entre elas.
— Obrigada por me ouvir. — Bianca murmura, enfim quebrando o silêncio, a voz fraca, mas sincera. — E por não me julgar, mesmo quando eu merecia.
— Na verdade, eu ainda não assimilei direito para começar o julgamento. — Vittoria responde, com um meio sorriso. — Me dá algumas horas e talvez eu te condene.
— Eu te amo, Vi. — Declara, a voz doce, como um suspiro de gratidão depois do caos.
— Eu também te amo, sua maluca. — Responde, a voz suave, carregada de carinho e cumplicidade.
Quando encerra a ligação, ela apoia o celular sobre a cômoda e solta um suspiro longo, o peso da confissão se misturando à confusão que ainda paira em sua cabeça.
Após um bom tempo cuidando da higiene pessoal, ela deixa a suíte e vai direto para a cozinha.
— Deixa que faço isso. — Vittoria declara, aproximando-se do fogão com um sorriso discreto.
— Vi