Entre carícias delicadas, embaladas somente pelo som compassado de suas respirações, os dois acabam adormecendo juntos.
Na manhã seguinte, Vittoria desperta com a sensação de que seu corpo está pesado, a fadiga ainda presente em cada músculo, fazendo-a se remexer na cama na tentativa de encontrar uma posição mais confortável, mas sem sucesso.
Lentamente, ela abre os olhos, piscando algumas vezes até que a claridade já instalada no quarto deixe de incomodá-la, e, quando enfim consegue focar a visão, percebe algo que faz o coração disparar de imediato: sobre sua barriga repousa a mão direita de Vincenzo, firme e serena, como se no instinto do sono ele buscasse proximidade sem nem imaginar o quanto aquele gesto significava para ela.
Uma emoção inesperada a percorre inteira, tão intensa que chega a lhe faltar o ar por um instante.
Aquele gesto, ainda que nascido do inconsciente, carrega para ela um significado profundo, como se o corpo dele já reconhecesse a vida que se forma dentro dela