Vittoria deixa escapar um leve sorriso diante do zelo dele, ainda que exagerado.
Com suavidade, estende as mãos e pega a bandeja, impedindo que sua dedicação atrapalhada acabe em desordem.
— Cuido disso. — Vittoria declara, mesmo sob o olhar dele que parece repreendê-la. — Não reclame, Vincenzo, meus dois braços estão livres. — Acrescenta, deixando claro que ele também precisa de ajuda.
Vincenzo arqueia uma sobrancelha, sem disfarçar a contrariedade, embora saiba que não pode negar que ela está certa.
— Admito que, com um braço imobilizado, algumas coisas ficam mais difíceis. — Vincenzo murmura, inclinando-se perigosamente perto do rosto dela. — Mas não se engane, Vittoria, nas que realmente importam, ainda sou perfeitamente capaz.
— Dio mio, Vincenzo, você é um verdadeiro pervertido. — Repreende, soltando uma leve risada que, por um instante, dissolve o peso que pairava sobre o quarto.
— Não sou. — Rebate, pegando a colher sobre a bandeja com um ar triunfante. — Eu estava me referi