Vittoria sente o ar fugir de seus pulmões, porém se força a repetir o exercício de respiração que ele orientou.
No entanto, enquanto busca controle, lágrimas silenciosas novamente rompem sua resistência e escorrem pelo seu rosto.
Vincenzo segura a mão dela com firmeza, mantendo os olhos fixos nela e, ao mesmo tempo, atentos aos monitores.
— Isso é mentira. — Vittoria afirma, a voz firme, embora carregada de dor. — Minha mãe jamais faria algo assim. Essas palavras não passam de uma desculpa covarde para justificar as atrocidades que ele a obrigava a suportar.
Vincenzo solta a mão dela somente para deslizar os dedos sob seus olhos, afastando com cuidado as lágrimas que insistem em cair, como se quisesse protegê-la até mesmo da própria dor.
— Como isso é possível? — Prossegue, enquanto fecha os olhos como se quisesse se proteger do próprio sofrimento. — Como ele pôde ser capaz de tamanha crueldade? E, para todos, a morte da minha mãe não passou de um mero acidente, reduzida a nada além