Os olhos de Vittoria se arregalam e, por um instante, ela permanece imóvel, encarando a médica como quem busca confirmar se realmente ouviu aquilo corretamente.
A respiração falha em seu peito, curta e descompassada, até que um riso breve lhe escapa, solto e fora de lugar.
Logo depois, outro riso surge, mais alto, e então mais um, até se transformar em uma verdadeira crise.
Vittoria leva a mão à boca, tentando conter-se, mas a gargalhada nervosa cresce descontrolada, soando como se tivesse ouvido a maior das piadas.
— Não, isso não pode estar certo. — Vittoria responde, balançando a cabeça em negação. — Fiz um teste de farmácia há três dias e deu negativo.
— Entendo, signora. — A médica declara com serenidade, a voz firme, mas sem perder a suavidade. — Testes de farmácia podem falhar, sobretudo nos primeiros dias. O exame de sangue, porém, é muito mais sensível e confiável. Não há margem para dúvida: a senhora está grávida.
O sorriso se desfaz do rosto de Vittoria, e de repente o ar l