As palavras de Fabrizio não causam surpresa alguma, afinal, ele apenas sustenta a premissa de que o casamento não passa de uma obrigação, cumprida unicamente em nome dos negócios da família.
Vincenzo ergue o olhar para Fabrizio e, mesmo após aquelas palavras, a confiança entre eles permanece frágil, ambos representam papéis, e, assim como o primo, ele próprio sustenta a ilusão de acreditar naquilo que não passa de encenação.
— Fabrizio, ajude-a a sentar. — Vincenzo ordena, a voz firme e precisa. — Faça isso devagar, sustentando a cabeça e os ombros, para que ela não volte a desmaiar.
— Deixe-a no chão, Vincenzo. — Fabrizio retruca, o tom carregado de descaso, como se o sofrimento de Antonella não passasse de um incômodo menor. — Não vale o esforço de levantá-la, e todos aqui sabemos disso.
— Eu disse para ajudá-la a sentar. — Repete, desta vez sem qualquer brecha para réplica. — Escore-a contra a parede, sustente a cabeça e os ombros.
O ar no banheiro parece se comprimir, pesado, enqu