Capítulo 12
Yago não havia dormido. Sequer tentara. A imagem do pingente sobre a mesa de café queimava em sua mente como uma brasa, reacendendo um instinto há muito adormecido, o instinto de comando.
Enquanto as primeiras luzes do amanhecer pintavam o horizonte com tons de rosa e laranja, ele já estava em pé, vestindo um suéter escuro que parecia absorver a pouca luz do ambiente. Seus movimentos eram precisos, econômicos, como os de um general se preparando para a batalha.
Ele encontrou Beatriz e Zaya na cozinha. Os olhos de Beatriz estavam inchados e cercados por sombras escuras, enquanto Zaya, normalmente vibrante, estava pálida e quieta, girando uma xícara de chá vazia entre as mãos.
— Bom dia — cumprimentou Yago, sua voz era firme, mas não dura. Era a voz de alguém assumindo o controle.
— Foi tudo menos bom — Zaya respondeu, sem levantar os olhos.
— Entendo. Mas a partir de hoje, as coisas vão mudar. Não podemos mais ser espectadores. O Denis declarou guerra, e nós vamos res