Capítulo 20
O silêncio que pairava na sala após a declaração de guerra de Yago foi quebrado por um surpreendente pragmatismo. Ele não perdeu um segundo sequer em contemplação. A decisão estava tomada. O estrategista havia assumido o controle completamente.
— Não temos muito tempo — Yago anunciou, sua voz era um comando baixo que ecoava na sala. — Ele sabe que a isca foi mordida. Qualquer demora nos torna previsíveis.
Ele se dirigiu a um armário embutido na parede do escritório que Beatriz nunca notara antes. Com um código digital discreto, a porta deslizou silenciosamente, revelando não livros, mas uma pequena e impressionante coleção de equipamentos. Não eram armas de fogo ostensivas, mas dispositivos de tecnologia discretos e utilitários. Yago pegou uma pequena bolsa tática.
— Venham — ele ordenou, levando as duas mulheres de volta para a sala principal.
Sobre a mesa, ele despejou o conteúdo da bolsa. Havia dois smartphones genéricos e lacrados, dois pequenos rádios de ou