Hannah era uma jovem com uma vida comum, até que seu pai a levou para uma festa de luxo. Sem compreender totalmente o que estava acontecendo, ela se viu envolvida em um ambiente perigoso. No entanto, sua confusão se transformou em choque quando ela descobriu que seu pai tinha um plano obscuro: Agora, Hannah se encontra presa em uma festa ao lado de um homem impiedoso. Kelel é um homem perigoso, e que sabe o que quer. Quando seus olhos encontraram os de Hannah, ele sabia que ela seria sua.
Leer másCapítulo 1
Eu adoro festas, principalmente quando posso usar vestidos de luxo. Hoje, sinto-me maravilhosa com um belíssimo vestido vermelho e uma joia deslumbrante adornando meu pescoço. Trata-se de um rubi, que meu pai diz valer uma fortuna, mas não é nosso, então tenho que ter todo o cuidado do mundo com ele. Ajustei minha máscara pela terceira vez, pois ela estava me incomodando um pouco. Segurei no braço do meu pai e juntos entramos no salão. Os olhares curiosos das pessoas ao nosso redor me deixaram um pouco desconfortável. – Por que estão nos olhando? –Perguntei ao meu pai. – Porque você está usando o rubi. – meu pai acenou para as pessoas, parecendo não se importar com a atenção que estávamos recebendo. – Devo me preocupar? -Minha mãe perguntou. Meu pai não era uma pessoa confiável. Ele sempre se envolvia em problemas e raramente falava a verdade. Minha mãe, apesar de saber disso, ainda o amava e não conseguia pensar em se separar dele, mesmo sabendo que não teria um futuro ao seu lado. – Não tem com o que se preocupar, o dono está aqui. – O que você já aprontou? Minha mãe o encarou com desconfiança, assim como eu. Se ele pensa que suas palavras me tranquilizaram, ele está enganado. – Hannah, tire esse colar imediatamente. Relutantemente, levei minha mão até o colar, mas não queria tirá-lo. Sentia uma conexão especial com aquela joia. – Não é necessário. - Meu pai sorriu, como se tivesse algum segredo escondido. Segui o olhar do meu pai até a mesa um pouco mais à frente, onde pessoas normais estavam comendo e bebendo. No entanto, alguém naquela mesa chamou minha atenção, e não era apenas por causa de seu terno elegante. Eram seus olhos azuis penetrantes, que me deixaram hipnotizada. Era tão bonito que eu não conseguia desviar minha atenção. Mas havia algo nele que me deixava desconfortável. Seu olhar era intenso, como se fosse um animal selvagem pronto para atacar. Eu me senti exposta, como se ele pudesse enxergar além do que os outros podiam ver. Percebi então que estava parada no meio do salão, sozinha. -Onde estão meus pais? Olhei ao redor em busca deles, quando voltei meu olhar para a mesa, o homem não estava mais lá. Decidi dar uma volta e explorar o local, na esperança de que eles aparecessem em algum momento. Por onde quer que eu passasse, sentia os olhares fixos em mim, até que eu encarava de volta e percebia que não eram olhares amigáveis. – Você parece perdida. Disse alguém, interrompendo meus pensamentos. Virei-me para encarar o dono da voz. – Um pouco, mas isso não é da sua conta.–Respondi, um tanto desconfiada. – Uh, você é durona. –Sim, e não estou com paciência para homens como você. –Homens como eu podem te dar respostas. – Você sabe por que todo mundo está olhando pra mim? – Claro que sei. Ele olhou para o lado e ficou tenso. - Mas creio que aqui não é o lugar mais adequado para essa conversa. – Então onde? – Na minha mesa, venha me encontrar em cinco minutos. De forma estranha, ele se virou e se afastou de mim. Logo em seguida, um homem se aproximou. Era ele, o homem de olhos azuis. Olhei ao redor nervosa, me perguntando onde diabos meus pais estavam. Ele caminhava em minha direção com todo o seu charme e elegância, atraindo olhares de muitas mulheres. Mesmo com a máscara, era possível ter uma noção de sua beleza. Meu coração estava acelerado, as batidas ecoando em meus ouvidos. Parecia que todos os olhares estavam fixos em mim, esperando algo acontecer. Eu me sentia à beira de um surto, perdida no meio da multidão. Desejei que ele andasse mais rápido, que acabasse logo com essa tortura. Finalmente, ele se aproximou de mim. Meu coração quase pulou do peito. Seus olhos estavam fixos em mim, mas logo se desviaram para o colar. Um sorriso discreto surgiu em seus lábios. Foi um gesto sutil, mas o suficiente para me deixar intrigada. E então, aconteceu. Ele passou por mim sem sequer olhar nos meus olhos. Fiquei ali, parada, tentando entender o que acabara de acontecer. Será que ele estava apenas brincando comigo? Ou havia algo mais por trás daquele encontro fugaz? Eu podia jurar que ele estava vindo falar comigo. Olhei pra trás e só vi suas costas largas, ele continuava andando. –Aí está você. Mamãe pegou meu braço e me levou até uma mesa. As pessoas conversavam tranquilamente, era um ambiente legal. Olhei pro lado e aquele homem estava conversando com uma garota, Esperei cinco minutos para finalmente me levantar. Eu queria e precisava saber mais sobre esses olhares em mim. –Olá. -Estávamos falando de você. –De mim? –Você está na mesa do Kalel Ottore. –A garota sussurrou. –Quem? Eu não conheço ninguém aqui, vim com meus pais. –É ele. Ela olhou para a mesa, segui seu olhar e o vi sentando. “Claro, tinha que ser ele.” –Você quer saber o que dizem sobre ele? –O que? –Voltei a olhar pra ela. –Dizem que quando criança a família foi destroçada, não sobrou nada para contar a história. –Que besteira. Se fosse verdade, ele não deveria estar morto? – O rapaz disse, rindo dela. –Sim. Mas, e se ele for o filho bizarro que matou a família? Ele parece um homem perigoso. Observei-o rindo com os outros, parecia ser um cara normal. Bonito, na verdade, muito bonito. Seus olhos eram duas lindas esferas azuis, o cabelo preto caía sobre eles, e sua postura era sexy e confiante. Esse homem sabia o que queria, e se ele quisesse, ele teria. Isso ficou claro com a quantidade de mulheres que se jogavam para ele. Típico de um homem safado, e ele tinha cara de ser muito safado. Seus olhos encontraram os meus, e rapidamente desviei o olhar. Droga, ele sabia que eu estava olhando. – Então, por que estão todos olhando o rubi? –Porque… Ele se calou assim que seus olhos encontraram alguma coisa na festa. – Pensa rápido. – Ele sussurrou. Olhei para ele e em seguida para onde ele estava olhando, era Kalel se aproximando. Dessa vez, ele parou ao meu lado. Estendeu a mão e sorriu. Meu corpo todo tremeu de medo, a ideia da menina acabou mexendo com minha cabeça. – Por favor, dance comigo? Sua voz é ridiculamente sexy, algo que nem devia ser legal em uma pessoa só. Quantas qualidades uma pessoa pode ter? – Desculpe, eu não quero. – Por que? – Não acho que estou à altura. – Olhei para meu vestido em busca de uma desculpa. – Pra mim, você está perfeita. – Ele pegou minha mão à força e me fez levantar. Kalel me levou até o centro do salão e conduziu na dança, ele parecia um profissional. Claro, devia ganhar as vítimas assim e então levá-las para um lugar escuro para morrerem. – Bonito colar. –Seus olhos me examinavam intensamente. A máscara dele era preta fosca, com um brilho chamativo sobre ela. Eu estava muito curiosa para ver seu rosto. – Você é britânico? – Franzi a testa. – Pareço? – De certa forma, sim, você tem um sotaque distinto. – Observadora. – Ele sorriu. – Você deduziu isso enquanto me olhava? – Eu não estava olhando. – Limpei minha garganta. – Não precisa ficar na defensiva. –Ele apertou a mão na minha cintura. – Eu vim em paz. – Hm. – Você parece ser uma filha mimada. – Ele estreitou os olhos, o que me irritou. – E você parece um vilão de filmes. – Nesse caso, é melhor ser boazinha comigo. Ele sorriu. Sua mão apertou minha cintura novamente, mas não com força suficiente para machucar. – Eu não tenho medo. – Tentei parecer confiante. – Hm, eu vejo outra coisa. – Ele se aproximou e cheirou meu perfume. –Doce como uma rosa. – Há alguns minutos, eu era mimada e agora sou doce. Você não entende muito das mulheres, não é? – Eu gosto de descobrir um pouco de cada vez, prolonga meu prazer. Sua mão subiu todo o meu corpo até estar na minha nuca, e ele apertou um pouco mais forte. -Você vai descobrir isso muito em breve. – D-Descobrir o que? Droga, eu estava realmente apavorada. – Nada que precise saber ainda. Ele tirou a mão da minha nuca e se afastou. -Obrigado pela dança. Fiquei parada na pista de dança, observando o arrogante se afastar. Olhei em volta e percebi que as pessoas estavam me observando outra vez. Isso está realmente começando a me irritar.Capítulo 48 Dois homens vieram para meu lado, toquei minha barriga ferida. Eles me levaram para o carro, me encostei na porta e respirei fundo. Eu matei quem me causou dor, eu me vinguei. Vi Liam e Mason discutindo com Blake, eles estavam chorando. Abri a porta e sai do carro, com muita dor e frio. –Cadê eles? –Hannah, você devia estar indo para o hospital. –Mason se aproximou e me segurou. –Não quero saber de mim, eles… Me diga. –Ryder perdeu muito sangue, mesmo que levem para o clube vai morrer no caminho. Não sabemos se a bala atingiu o coração. Kalel tem mais chances, mas também não sabemos o que foi atingido. –Hospital? –Muitas perguntas. –Blake negou com a cabeça. –A vida deles é mais importante, vamos para o hospital e no caminho nos livramos de armas e outras coisas. –É nossa única opção. –Mason olhou para Blake. –Merda, vamos. Como eu disse, nos livramos de armas, coletes, facas e escutas. Nós éramos apenas pessoas normais que lutaram por suas vidas
Capítulo 47 Acordei no chão frio e molhado, corrente nos meus pés e com uma dor desgraçada na cabeça. Joana estava de costas pra mim, fazendo alguma coisa em uma mesa. Olhei em volta para o que parecia ser um depósito de bebidas, cheirava a urina e a álcool. –Já acordou. –Ela virou e sorriu. –Gostou da sua nova casa? –O que você quer? –Cadê aquela sua valentia na frente dos meninos? –Joana, me solte antes que alguém se machuque. –A única que vai se machucar aqui é você. –Ela se abaixou e alisou meu rosto com uma faca de cozinha. –Eu gostei tanto de assistir eles te fodendo. –Você fez aquilo? –Acho até que vou chamar um dos meus homens aqui, um pouco de diversão não mata ninguém. –Sua vagabunda! –Vou gostar se ouvir você gemendo. –Joana lambeu os lábios. –Você até que é gostosinha. –Você é doente. –Você está acostumada com isso, viveu com Kalel mesmo ele sendo um maluco. –Isso é tudo por causa dele? –Isso é tudo por sua causa! –Ela gritou. –Você não devia
Capítulo 46 Perspectiva Kalel Minha cabeça estava doendo, e os pensamentos nela. Hannah não estava feliz com nossa relação, ela queria mais. Eu também queria, mas toda vez que fechava os olhos via aqueles homens em cima dela. Olhar pra ela do meu lado na cama era muito difícil, porque eu queria foder ela até não poder mais. Eu queria estar dentro dela, mas o medo tomou conta de mim. Era igual pra ela, eu tentei tocá-la várias vezes e ela se afastava. Até mesmo quando não era pra sexo ela se afastava, e isso tornava tudo muito mais difícil. –Ei, você é o dono desse lugar? Olhei para a mulher ao meu lado no bar. –Um dos donos. –Tudo aqui é tão acolhedor. –Ela bebeu seu drink e sorriu. –Mesmo olhando aquilo. Segui seu olhar para uma cabine pública, era uma linda dançarina seduzindo os homens. Ela me viu olhando e sorriu, seus movimentos agora eram mais vulgares. Ela devia achar que eu estava ali para conferir se era boa, eu sabia que elas eram. Escolhemos cada uma d
Capítulo 45 Muitas coisas se passaram na minha cabeça, mas antes que eu fosse muito longe com meus julgamentos, eu queria saber da parte dele. –Kalel… –Hm? –Ele abriu os olhos e me viu ainda sentada. –Com tudo que aconteceu, você tem medo de me tocar? –Claro que não, estou sempre te tocando. –Eu to falando de sexo. –Por que está perguntando isso? –Bem, nós estamos juntos e até agora não tivemos nada. –Isso é sério? –Kalel se colocou sentado, e me olhou nos olhos. –Você foi violentada por duas pessoas, está muito recente para te tocar assim. –Desde quando você liga pra isso? –Hannah… –Merda! –Levantei da cama. –Você não me toca porque vê a cena daquele dia na sua cabeça? Ele não respondeu, mas não era preciso que confirmasse algo nítido. Pra mim pouco importava se sofri, contanto que ele estivesse comigo. Eu até acho normal minha reação de medo, mas da parte dele não. Ele não me via mais como antes, ele tinha pena de mim e talvez nojo de me tocar porque
Capítulo 44 Uma semana se passou, os meninos estavam mimando o irmão mais velho, tanto que não deixavam que ele saísse da cama para nada. Mas ele já estava ficando louco com tanta proteção, ele até tinha prometido nunca mais fazer nada disso de novo. Eu só conseguia rir e admirar a relação deles, me confortava. –Eu posso beber meu café sozinho, Ryder. –O médico disse para você evitar esforço. –Isso é só café, pelo amor de Deus! –Mason tirou o copo da mão de Ryder, mas o irmão segurou e quando soltou derramou café em Mason. –Opa. –Porra! Ryder, seu grande merda. –Foi mal. –Kalel, por que não dão uma folga a ele? Kalel seguiu meu olhar para a cama, Liam e Ryder praticamente sufocando Mason com tanto cuidado. Pelo menos ele tinha ganhado café da manhã na cama, mas como eram seus irmãos isso não era muito confortante pra ele. –Eles só estão preocupados. –Kalel voltou a olhar a tela do tablet. –O que tanto você olha aí? –Espiei. Era um documento em p*f, falava sobre processo e
Capítulo 43 Perspectiva Mason Meu corpo estava queimando, seria isso o inferno? Abri os olhos para algo muito claro, uma luz forte doeu minha vista. Fechei os olhos com força, minha cabeça doeu em conjunto. Abri os olhos de novo e vi Kalel e Ryder rindo feito idiotas perto da janela, eles olhavam para a tela do celular. –Constrangedor. –Ryder continuou rindo. –Eu morri e fui para o céu da comédia? Ryder e Kalel pararam de rir e viraram pra mim. –Você está muito vivo. –Ryder se aproximou e bateu na minha coxa. –Tão vivo que vou te contar a última do Liam. Kalel começou a rir de novo. –O que ele fez? –Ele brigou com umas pessoas ontem e uma garota o desafiou a dançar nas cabines. –Ryder tornou a rir, e colocou o celular na minha mão. Liam estava em cima da cabine, sem blusa e usando seus jeans favoritos. Ele estava ridículo, mais que isso talvez. Enquanto assistia comecei a rir, meu peito doeu um pouco. Liam estava dançando no ferro de pole dance, as garot
Último capítulo