Matteo:
— Ótimo. Estou com sono.
Levantei a mão dela um pouco e balancei a cabeça.
— Não durma, Giulia.
Os paramédicos foram rápidos ao examinar Giulia, enquanto eu, James e até mesmo Ken observávamos cada movimento. Eu não conseguia tirar os olhos dela. Quando confirmaram a costela quebrada, o tornozelo torcido e a concussão, o medo de perdê-la me golpeou de novo, deixando-me sem ar.
O quarto estava mergulhado em sombras, e o zumbido constante dos aparelhos de monitoramento preenchia o silêncio de forma irritante, como um lembrete sutil de tudo que havia dado errado. Eu não tirava os olhos dela, observando cada pequeno movimento, cada respiração, como se o simples ato de estar ali pudesse protegê-la de tudo. As mãos dela estavam frias sob as minhas, mas a cor começava a voltar aos poucos. Ainda assim, o peso da fragilidade dela me sufocava. Vê-la assim, frágil, quebrada, feria algo profundo em mim que eu não sabia que existia.
— Giu... — Minha voz saiu em um sussurro rouco, impregnad