Matteo:A ideia de Alessandro para me proteger foi me arrancar de tudo que eu conhecia, me levar para a Rússia, a milhares de quilômetros da minha antiga vida. Moscou se tornou meu novo lar, um lugar de invernos frios e sombrios, onde precisei reaprender o significado de “família”. Alessandro não fez isso sozinho. Sua irmã, Caterina, me acolheu como uma mãe, trazendo uma ternura inesperada que, pouco a pouco, ocupava o vazio que eu carregava. Ela já tinha seus próprios filhos, adultos agora, mas minha presença parecia acender algo novo nela. Com seu jeito caloroso e gentil, ela me lembrava de minha mãe, e mesmo que no começo a língua fosse uma barreira, nos entendíamos nos gestos, nos abraços, em cada refeição que ela preparava, como se cada prato fosse uma promessa silenciosa de que eu estava seguro.Caterina me acolhia como uma mãe faria, enquanto Alessandro assumia o papel que eu não sabia que precisava: uma figura paterna rígida, quase implacável. Ele não era como meu pai, Enzo, q
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