O ambiente ao meu redor era sombrio, como se as trevas tivessem engolido toda a luz do mundo. O único som era o eco distante de passos, cada um reverberando como uma batida do meu coração.
Eu estava sentado em um trono imponente, de metal negro e linhas afiadas, que parecia tão frio quanto o espaço ao meu redor. O ar era denso, carregado de algo quase palpável, uma antecipação que rastejava sob a pele, me deixando em alerta.
Então, eu a vi.
Giulia surgiu das sombras como um facho de luz, o contraste entre sua presença e a escuridão ao redor era hipnotizante. O vestido curto de cetim branco brilhava sob uma luz difusa que parecia existir apenas para ela. Cada passo era um convite silencioso, o tecido abraçando suas curvas com tanta precisão que deixava claro: ela não usava nada por baixo.
Minha respiração ficou pesada.
Ela caminhou em minha direção, seus olhos presos nos meus, desafiadores e brilhando com algo que era ao mesmo tempo provocador e perigoso. Cada movimento dela era calculado, feito para me testar, para ver até onde eu aguentaria antes de ceder.
— Matteo... — Sua voz era baixa, suave, mas carregada de um tom que fez meu sangue ferver.
Ela parou a poucos passos do trono, seu corpo tão perto que eu podia ver cada detalhe do vestido, o brilho de sua pele, o sorriso que dançava em seus lábios. O ar parecia carregar o perfume dela, algo doce e quente, como um veneno que me consumia lentamente.
— O que você está fazendo aqui? — perguntei, minha voz saindo mais rouca do que eu pretendia.
— Não vim para perguntas. — Ela deu um passo à frente, aproximando-se ainda mais, até que seus joelhos quase tocassem os meus. — Vim porque você quer que eu venha.
Minha mandíbula se contraiu. Tudo nela era uma provocação, cada palavra, cada movimento. O vestido subiu levemente quando ela se inclinou, revelando mais da pele que eu sabia que ela estava deliberadamente exibindo para me torturar.
— Giulia... — adverti, minha voz carregada de perigo.
Mas ela apenas sorriu, inclinando-se para mais perto. Suas mãos subiram até os braços do trono, os dedos deslizando lentamente pelo metal frio enquanto ela se colocava entre as minhas pernas, o tecido do vestido subindo ainda mais.
— Diga que não me quer, Matteo. — Sua voz era um sussurro, um desafio que queimava no ar entre nós.
Eu sabia que isso era um jogo, mas era um jogo que eu estava perdendo desde o momento em que ela apareceu.
Ela se inclinou ainda mais, os lábios a centímetros do meu ouvido, e sussurrou:
— Você pode resistir?
Foi o suficiente.
Minhas mãos se moveram antes que eu pudesse pensar, agarrando sua cintura com força, puxando-a para mim em um movimento que arrancou um arfar de seus lábios. O trono rangiu sob o peso da força que usei para colocá-la no meu colo, suas pernas se abrindo para me acomodar.
— Você queria isso? — murmurei, minha voz um rosnado enquanto minha mão subia pela coxa nua, pressionando contra sua pele quente.
— Sempre. — O sorriso nos lábios dela era um desafio final, um que eu não resistiria.
Minha boca encontrou a dela com uma fome que beirava o desespero. O beijo era rude, possessivo, cada movimento meu uma reivindicação. Suas mãos agarraram meu cabelo, puxando com força enquanto nossos corpos se pressionavam um contra o outro.
Minhas mãos subiram, agarrando o tecido fino do vestido e puxando-o para cima, expondo-a completamente para mim. Ela não recuou, não hesitou. Pelo contrário, inclinou-se ainda mais, seus quadris se movendo contra mim em uma provocação que fez meu controle se despedaçar.
— Você é minha, Giulia — rosnei contra sua boca, minhas mãos segurando seus quadris com força enquanto eu a posicionava onde queria.
— Então me prove.
Sua voz era um sussurro, um desafio que ela sabia que eu aceitaria.