Olivia Fernandes
Havia se passado uma semana desde que Dante disse que me amava. Uma semana onde fui atingida por emoções devastadoras e intensas.
— Podemos levar os aperitivos para o auditório? — Kamila perguntou, me tirando do transe enquanto mordia a tampa da caneta incessantemente.
— Sim, claro. — respondi alheia ao tempo que havia passado desde que começamos os preparativos para a recepção dos novos alunos.
— É melhor irmos, o senhor Salvatore não parece de bom humor hoje. — Kamila tentou equilibrar uma bandeja na mão direita e duas pastas no braço esquerdo, caminhando na frente enquanto eu permanecia inquieta no mesmo canto.
Dante estava, sim, com um mau-humor irredutível, mas não seria por menos. Desde que ele se declarou nós não nos falamos direito. E isso não é culpa dele, é totalmente minha.
Desde que eu o conheci, acreditei que tudo que eu gostaria de ouvir da boca de um homem como ele seria isso. O quanto sou amada e intensamente desejada.
E não vou mentir, eu gostei