POV Mi-Suk
A dor me arrancou do vazio, como se cada osso do meu corpo estivesse sendo triturado, cada músculo rasgado em pedaços.
Minha cabeça latejava, uma pulsação cruel que fazia o mundo girar, e o ar era difícil de puxar através do tubo de oxigênio preso ao meu nariz. As luzes brancas do quarto de hospital queimavam os meus olhos, os bipes das máquinas cortando o silêncio como lâminas afiadas.
Tentei mover os braços, mas o soro preso na pele puxou, uma picada aguda que disparou o pânico. Minhas mãos tremiam enquanto tentavam arrancar o tubo, os dedos desajeitados, o coração disparado.
Onde eu estava? O que aconteceu? Minha mente era um borrão, fragmentos voltando em flashes; o perfume de jasmim no jardim de Margaret, a mesa farta de bolos e sucos, o olhar dela, insistente, quase predatório, enquanto empurrava a jarra de suco na minha direção.
— Mi-Suk, calma, por favor! — A voz de Min-ho cortou o caos, firme, mas carregada de uma angústia que eu nunca ouvira antes.
Ele segurou as