Ela se sentou à minha frente, segurando uma xícara de café preto, o vapor subindo em espirais.
— Porque eu vi o rosto da minha filha no noivado, depois daquela gravação — ela disse, a voz baixa, quase um sussurro. — E vi o de Benjamin. Ele negou tudo, e Amelia acreditou muito rápido, mas eu... eu fiquei com muitas dúvidas. — Ela fez uma pausa, os dedos apertando a xícara com força. — Eu sei que ele não é quem parece ser. E sei que você sofreu por causa dele. Quero que me conte tudo, Mi-Suk. Desde o início. Quem é esse homem com quem a minha filha vai se casar?
Hesitei, o bilhete de ameaça ecoando na minha mente. Mas havia algo na voz dela, uma mistura de desespero e sinceridade, que me fez ceder.
— Tudo bem, Margaret. Mas antes, me diga: por que você acha que Benjamin não é quem parece? O que você viu nele que te faz duvidar?
Margaret suspirou, olhando para o jardim pela janela, como se buscasse forças ali.
— Eu o observo há meses, desde que Amelia o trouxe para casa. Ele é charmoso,