As horas seguintes se passaram como um suspiro. Após o sexo louco, nos recompomos e fomos ao que realmente interessava ali: os assuntos da empresa.
Durante o dia, conversei com Benjamin sobre os rumos da empresa, que estava prosperando, e aceitei participar de um comercial para a ONG que ele administrava. Nosso tempo juntos parecia fluir como antes, cada olhar, cada toque disfarçado reacendendo o fogo que nunca apagou, mesmo depois de anos separados.
Estávamos na sala dele, sentados à mesa de reuniões com muitos papéis espalhados, o ar carregado com o cheiro de café e a tensão de tudo o que não dizíamos. Mas então, a porta se abriu abruptamente, interrompendo o que ainda poderia ser um momento só nosso. Era só a secretária, deixando uma pilha de documentos antes de sair com um murmúrio de “desculpe”, mas o susto foi como um choque elétrico, e um lembrete do risco que corremos só de estarmos aqui, tão perto, fingindo que somos só amigos de uma vida inteira.
A porta se fechou, e o silên