Luísa
No dia seguinte à festa, o clima era de calmaria. Luca brincava com os laços dos presentes, mais interessado nas embalagens do que nos brinquedos em si. E Laura, claro, fazia questão de mostrar tudo a ele.
— Esse é do vovô e da vovó, olha que legal! — dizia com entusiasmo, balançando um carrinho de madeira na frente do irmão.
Ela pegava os brinquedos, apertava os botões, mostrava como funcionavam e ria toda vez que Luca se encantava com o som ou com as luzes. E quando ele tentava se levantar para pegar algum, ela já estendia as mãos.
— Vem, eu te ajudo — dizia com delicadeza.
Ele segurava nos dedinhos dela e dava passinhos ainda incertos, mas firmes, e ela seguia guiando com paciência e orgulho. Era incrível ver como Laura havia se tornado uma irmã mais velha carinhosa, cuidadosa, atenta. Era como se ela tivesse nascido para aquele papel.
— Você está fazendo um excelente trabalho, mocinha — disse Leonardo, observando os dois.
— Eu sou a irmã mais velha, né papai? — respondeu ela