A manhã seguinte chegou envolta em uma neblina pesada, densa como o peso que Amanda carregava no peito. Ela mal dormira. A notificação judicial pulsava em sua mente como uma ferida aberta, latejante. A dor da injustiça não era apenas incômoda — era corrosiva. Ela sabia que Laura era implacável, mas não esperava que sua rival cavasse tão fundo, arrastando o passado para manchá-la de lama.
O celular vibrou. Era Lucca.
— Amanda, precisamos agir rápido. Eu já tomei algumas providências. Você está pronta para enfrentar isso de cabeça erguida?
A voz dele era firme, mas havia uma ternura ali que só ela reconhecia. Mesmo no meio do caos, ele era seu ponto de equilíbrio. Ela respirou fundo, lutando contra o medo.
— Sim. Tô pronta. Vamos fazer o que for necessário.
Vestiu-se como quem calça uma armadura: calça de alfaiataria, camisa branca, blazer sóbrio. Prendeu os cabelos em um coque elegante, escondeu o cansaço sob maquiagem leve. Quando se olhou no espelho, não viu uma vítima. Viu uma guerr