Enquanto a porta se fechava atrás de Lucca, Amanda permaneceu imóvel por longos segundos, como se a ausência dele tivesse tirado o ar da casa — e dela também.
Os passos dele no corredor se afastavam como uma sentença. Como um eco cada vez mais distante daquilo que talvez nunca tivesse sido real de verdade.
E então, quando o silêncio se tornou insuportável, ela se permitiu cair.
Não para a cama.
Não para o sofá.
Mas para o chão do quarto.
Ali, no lugar onde tantas vezes sonhou um futuro ao lado dele. Onde riu, onde o amou, onde achou que estava segura. O carpete era frio contra a pele, mas era o único lugar que não desmoronava sob seus pés.
Ela se encolheu, abraçando os próprios joelhos com força, como se assim conseguisse conter tudo que transbordava: o choro preso, a raiva engasgada, a frustração em carne viva.
E então veio.
A lágrima.
Depois outra.
E mais outra.
Silenciosas, pesadas, cheias de tudo que ela evitou sentir nos últimos dias. Amanda não soluçava. Não fazia es