O jantar começou leve, entre goles de vinho e risadas contidas. A conversa fluía como se ambos tivessem esquecido o motivo pelo qual haviam se afastado no início do dia. Amanda falava de suas paixões antigas — livros, viagens que ainda queria fazer, o desejo de aprender a cozinhar algo além de massas prontas. Lucca a ouvia com atenção genuína, como se cada palavra fosse um tesouro a ser descoberto.
— Eu nunca te vi assim — ele comentou, depois de um tempo, enquanto a observava brincar com o anel de guardanapo de linho. — Tão… à vontade.
— Talvez seja o vinho — ela disse com um sorriso. — Ou talvez seja você, quando não está rodeado por máscaras.
Lucca estendeu a mão por sobre a mesa, tocando a dela com firmeza e suavidade ao mesmo tempo.
— O que você viu hoje... Beatriz, os diretores... tudo aquilo. É o peso do nome que carrego. Mas com você… não quero pesos. Quero verdades.
Amanda encarou os olhos dele, e ali havia algo cru. Honesto. Quente.
O prato principal chegou, mas ambos