Lucca chegou no ápice da tensão. Encontrou as duas frente a frente, como tempestade e fogo, prestes a se consumir.
— O que você está fazendo aqui, Laura?
— Vim me despedir — ela disse, dramática, com aquele olhar que misturava saudade e provocação. — Percebi que não há mais espaço pra mim na sua vida. Só queria olhar nos seus olhos e dizer isso.
Ela se aproximou, tocou no peito dele com os dedos frios, como se quisesse deixar uma marca — ou apagar uma que já não lhe pertencia.
— Nada do que vivi com você foi mentira, Lucca. Mas você escolheu outro caminho. Boa sorte com ela. Vai precisar.
E saiu. O salto ecoou como um fim definitivo. Um perfume adocicado ficou suspenso no ar, mas morreu ali, no vazio que Laura agora representava.
Lucca olhou para Amanda. Seu corpo ainda tenso, os olhos carregados de orgulho ferido e algo mais... um medo sutil, quase infantil.
— Eu não a convidei. Juro por tudo.
— Eu sei — Amanda respondeu, a voz baixa, mas firme. — Mas o fato dela ter vindo...