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Diagnóstico: Desejo Irreversível

Parte 3...

Camila

Na quarta-feira, eu não fui até a clínica apenas com meu tornozelo melhor. Eu fui com outra dor: a que nascia entre as pernas toda vez que eu lembrava da voz grave do Dr. Rafael dizendo que “preferia supervisionar certas pacientes pessoalmente”.

Ele não me deu horário fixo. Apenas mandou mensagem:

"Hoje. Após as 20h. Último atendimento. Traga disposição."

Não precisei de muito tempo para decidir qual roupa usar. Escolhi um vestido leve, soltinho, azul-marinho, que me fazia parecer menos desesperada e mais casualmente sexy.

Cabelos soltos, perfume discreto. E uma coragem que não sabia se era minha ou da personagem que criei para justificar minha insanidade.

Cheguei na clínica quando a recepcionista já havia ido embora. As luzes estavam mais baixas, o silêncio da noite dava ao ambiente um ar clandestino.

Rafael abriu a porta do consultório com aquele mesmo jaleco aberto, mas dessa vez sem gravata, sem camisa social, só uma camiseta preta colada no peito. Acho que ele gosta de preto. Realça o tom da pele. Ele me olhou de cima a baixo com uma sutileza nada sutil.

— Boa noite, Camila.

— Vim para a sessão de fisioterapia. Estou me sentindo... Tensionada.

Ele deu um meio sorriso e fez sinal para que eu entrasse. A sala estava diferente: a maca no centro, um abajur aceso no canto, luz quente, uma playlist instrumental suave tocando baixo no fundo. Quase uma suíte de hotel disfarçada de consultório.

— Pode tirar os sapatos e deitar de bruços. Vamos começar pelas costas.

— Posso confiar em você, doutor?

— Não.

— Que bom. Gosto do risco.

Tirei os sapatos, subi na maca com cuidado. O vestido escorregou até o meio das coxas. Senti o tecido leve contra a pele e o ar frio da sala nas pernas nuas. O silêncio dele atrás de mim era um tipo de toque.

Ele afastou o cabelo do meu pescoço com os dedos e sussurrou, como se o ar dele também pudesse curar:

— Me avisa se sentir dor. Mas nem toda dor é ruim.

A primeira pressão das mãos dele nos meus ombros foi firme, habilidosa. Ele sabia exatamente onde apertar, como deslizar os dedos em movimentos lentos, circulares. O calor da palma dele aquecia minha pele através do vestido, mas logo ele afastou o tecido com jeitinho, expondo meus ombros.

— Posso?

— Se você parar, aí sim vai me machucar.

O toque dele desceu pela linha da minha coluna, os dedos escorregando com precisão. Cada movimento era calculado, mas íntimo. A tensão se acumulava entre os espaços da minha respiração.

Ele se aproximou. Senti o calor do corpo dele atrás de mim. As mãos agora estavam na base das minhas costas, e o vestido subia sutilmente conforme ele pressionava mais baixo.

— Você está tremendo - disse em voz baixa.

— Não é dor.

— É o quê, então?

— Ansiedade médica. Sintoma clássico de quem está sendo tocada pelo médico mais sexy do bairro.

Ele riu baixinho e se inclinou sobre mim, os lábios quase encostando na minha orelha.

— Você quer que eu pare, Camila?

— Quero que você pare de perguntar.

Aquilo foi o suficiente.

O corpo dele roçou no meu. As mãos, que antes exploravam as costas, agora deslizavam pelas laterais da minha cintura. Ele segurou meu quadril com força e me virou para cima, rápido, como se já não pudesse mais esperar.

— Isso ainda é fisioterapia? - perguntei, com a voz falha de desejo.

— Isso é medicina alternativa.

Ele se abaixou e encostou os lábios nos meus, sem pressa. Um beijo quente, profundo, cheio de fome contida. As línguas se tocaram como se estivessem se reconhecendo. E a cada segundo, o beijo ficava mais intenso. O corpo dele colado no meu, o peso, o cheiro, o calor.

Minhas mãos exploraram os braços dele, os ombros, o peito por baixo da camiseta. Rafael segurou minha coxa e ergueu minha perna, encaixando-se melhor entre elas. O vestido estava completamente levantado. Ele olhou para mim com uma mistura de cuidado e provocação, suas mãos ousadas.

— Você está tão molhada, Camila...

— Descobertas médicas importantes, doutor?

— Absolutamente fascinantes.

As mãos dele escorregaram por dentro da minha calcinha. Primeiro devagar, depois com mais firmeza. Um toque experiente, sem hesitação. O polegar encontrou meu ponto sensível com precisão. Um gemido escapou da minha garganta, e ele sorriu contra minha pele.

— Assim?

— Melhor ainda.

Ele alternava movimentos circulares com leves pressões. Meus quadris reagiam sozinhos. Quando ele enfiou dois dedos dentro de mim, firmes e lentos, arqueei o corpo, sem controle.

— Você é perfeita assim - sussurrou. — Tão quente. Tão entregue. Tão ousada.

Eu estava, sim. Entregue. Desarmada. Submersa naquele toque que curava e incendiava ao mesmo tempo. Os dedos dele entravam e saíam com ritmo, enquanto o polegar provocava sensações que eu nem sabia que podia sentir deitada numa maca.

Meus olhos se fecharam, e os gemidos se intensificaram. O corpo vibrava de dentro pra fora. Quando gozei, foi com força, tremendo, agarrando o antebraço dele, sem conseguir conter o som.

Rafael me observou com um sorriso satisfeito e olhos escuros de desejo.

— A consulta está longe de acabar - disse, beijando minha barriga. — Agora é minha vez de deitar. Quero ver o que você faz com um médico que não se controla mais.

Mas eu mal conseguia respirar.

O que quer que estivesse acontecendo entre nós, já tinha passado da fase de sintomas.

Agora era vício. Diagnóstico: desejo irreversível.

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