Eu mal conseguia me sustentar nas pernas quando saí do banheiro. Os joelhos ainda frágeis, o corpo inteiro em estado de choque. Não de medo — mas daquela vertigem doce que vem depois do êxtase. O coração batia acelerado, como se eu tivesse corrido uma maratona... ou estivesse fugindo de mim mesma.
Apoiei uma das mãos na parede, tentando recuperar o fôlego. Meu sexo ainda pulsava, quente, sensível. E a sensação da boca dele ali — faminta, desesperada — me atravessava como uma corrente elétrica.
O que eu havia feito?
Ou pior… o que ele havia feito comigo?
Levei a mão à boca, e um riso escapou antes que eu pudesse conter. Um riso nervoso, quase incrédulo. De mim. De nós. Daquilo tudo. Como se eu tivesse acabado de cometer um crime delicioso. Um erro... que valia a pena repetir.
Ainda ofegante, caminhei de volta para a área aberta, onde a música pulsava e conversas abafadas preenchiam o ambiente. A festa seguia como se nada tivesse acontecido — e, no fundo, era isso que me enlouquecia. O m