Hoje, o dia não foi nada produtivo. Os relatórios e contratos se acumulavam, formando uma pilha de papéis em cima da minha mesa. A cada segundo, eu olhava o relógio, parecendo uma criança esperando por uma promessa dos pais. Ainda faltavam muitas horas para o nosso fatídico encontro, então resolvi tirar o relógio do pulso e guardá-lo na gaveta da minha mesa.
Tentando me concentrar, começo pela quinta vez o mesmo contrato. Depois de tentar entender o que está descrito nele, e não compreender absolutamente nada, fecho-o, acomodando-o junto à pilha de papéis. Desligo o computador, pego o celular e saio da minha sala, deixando um recado vago para minha mais nova e irresponsável assistente ao passar por ela.
— Estou saindo. Não me ligue para absolutamente nada, e não mexa em minha mesa. — Digo apontando o dedo para ela, que se levanta.
Ela ia dizer algo, mas dei as costas e corri para o elevador, apertando o botão para chamá-lo até o andar da presidência. Segundos depois, as portas se abre