Capítulo 56
Luna
Com os reféns libertos e as provas reunidas, fotos tiradas às pressas, vídeos capturados em câmeras pequenas e silenciosas, documentos empilhados nas mochilas, iniciamos o recuo. Em silêncio. Cada passo carregava o peso do que havíamos testemunhado e, mais do que isso, o que decidimos enfrentar. A escuridão da mata parecia mais espessa ao voltarmos, como se o mundo soubesse o que tínhamos arrancado daquelas paredes. Como se a própria terra estivesse prestes a rugir de volta.
Rafael ficou para trás apenas por alguns minutos, garantindo que não deixássemos rastros. Chiara e os agentes iam à frente, atentos aos sinais. Dante cobria a retaguarda, os olhos atentos, a arma ainda firme nas mãos. E eu caminhava no meio do grupo, sem dizer nada, mas sentindo cada batida do coração como um grito abafado dentro do peito. A adrenalina ainda não tinha passado. Nem passaria tão cedo.
Mariana nos esperava no ponto de encontro, no alto de uma clareira escondida pela mata espessa, ond