NARRAÇÃO DE BRADY DAWSON...
Antes de qualquer coisa, precisei me assegurar de que Sara estava no quarto, com os fones no ouvido, assistindo a qualquer coisa que a isolasse do que eu estava disposto a fazer. Só então caminhei até o sofá, onde aquela mulher continuava sentada, tentando parecer firme — fingindo não sentir medo. Mal sabia ela que eu reconheço o medo de longe. Os olhos, esses, falam mais do que qualquer boca.
E os dela… gritavam.
Inclinei-me devagar, deixando que minha sombra a engolisse, e sorri.
— Vamos começar de novo? — minha voz saiu baixa, paciente. — Você tem dez segundos para tirar o seu marido do chão… ou perde um dos seus lindos dedinhos. Começamos?
— P… por favor… ao menos solte meus braços — implorou, a boca tremendo. Sorri de lado, saboreando a súplica. Fingi pensar, deixei o silêncio pesar e então soltei um suspiro lento.
— Não. Assim perderia a graça. E eu não estou aqui pra facilitar nada.
— Então me mate de uma vez, seu desgraçadö! Vai viver com aquela emp