NARRAÇÃO DE SARA DAWSON...
Eu não estava nervosa, pois, quando a raiva bate à porta, quando tudo me fazia regressar aos meus piores dias, apenas o desejo de justiça gritava à porta.
Fiz o que Brady pediu: sentei na cama, coloquei os fones e assisti a um filme aleatório. Por um momento, escutei o grito abafado dela. Pausei o filme no tablet, tirei um dos fones, curiosa… e então escutei Brady contando os segundos para ela se levantar. Outro grito seguido chamou minha atenção, um grito carregado de agonia. Preferi tornar a colocar os fones, deixando a pior parte para Brady.
Aquilo já não me afeta, e sei exatamente como meu marido trabalha. Não me surpreendo, tampouco fico assustada, desde o dia em que ele torturou aquele que deveria ser o meu pai.
Essa é a pura realidade. Minha vida agora gira em torno disso, e não tenho por que querer mudar a situação. Pois, no fundo, estou amando me sentir vingada, estou adorando ver alguém me defender. Principalmente porque tentaram tocar em meu bem m