Selene Castiel
O dia passou se arrastando...
Reunião atrás de reunião. Acionista enchendo o saco. Henrique com aquela cara de quem trama sua morte financeira a cada piscada. Os diretores jogando indireta, testando minha paciência, meu limite, minha sanidade mental e, claro, meu controle.
Cada decisão parecia mais pesada. Cada olhar parecia mais julgamento. E, no meio de tudo isso... o estômago revirava. A cabeça latejava. E eu ali... fingindo que tava tudo bem. Fingindo que não tinha um possível positivo gritando dentro do meu corpo.
Caius tentava. Tentava mensagem. Tentava ligação. Tentava me encontrar no corredor. Mas eu? Eu passei por ele como quem desvia de um incêndio: sem olhar pra trás, sem respirar, sem ceder.
No intervalo do almoço — que, obviamente, eu não tive —, trancada na sala, as mãos tremendo no celular, fazendo contas, revisando mentalmente cada dia, cada atraso, cada detalhe. E quanto mais eu fazia... mais meu peito apertava.
“Não. Não pode ser.”
Mas e se for?
A cabe