Tarde demais

O diretor recebeu os pais com o semblante tenso, mas não precisou dizer uma só palavra.

Assim que Jéssica e Hugo cruzaram o corredor principal da escola, avistaram Breno sentado no banco da recepção, agarrado ao corpo da irmã como se o mundo inteiro fosse ruir.

Maria o envolvia com os braços, o corpo colado ao do irmão, os olhos firmes — prontos para protegê-lo de novo. De tudo, de todos.

O menino não chorava, mas estava visivelmente em pânico. As mãos trêmulas apertavam as de Maria, e o olhar perdido vagava entre o chão e os rostos adultos que passavam.

— Breno... — Jéssica se abaixou na altura dele, o coração em pedaços. — Filho, tá tudo bem agora. Mamãe tá aqui. — Ela tentou confortá-lo, mas ele não respondeu. Nem olhou. Nem piscou.

Enfiou o rosto ainda mais no corpo da irmã.

Foi então que Hugo viu Leonardo.

De pé, encostado em uma das paredes, com a camisa desabotoada no colarinho e o ar de quem não entendia o pr
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