Leonardo caminhava pelos corredores da escola com um ar afável, um crachá provisório pendurado na camisa e um sorriso ensaiado nos lábios.
Foi muito fácil convencer a direção a permitir que um projeto social, voltado para o incentivo à arte entre as crianças, funcionasse ali. Claro que ser um astro ajudava bastante.
Os funcionários, encantados com sua presença elegante, o deixaram circular sem grandes objeções.
Mas não era a educação que o movia. Seu coração disparava, e o encontro com seu filho mexia de verdade com seu juízo.
Encontrou Breno no pátio, afastado das outras crianças, com o estojo aberto sobre a mesa de concreto e os lápis de cor espalhados.
Leonardo se aproximou devagar, agachando-se ao lado do menino como quem oferece um segredo.
— Olá