Os enfermeiros colocaram Aurora na maca e a empurraram pelos corredores intensamente iluminados, enquanto o rangido das rodas se misturava ao bip constante dos monitores e ao toque distante dos intercomunicadores.
Lian, Raul e Álvaro acompanhavam de perto, ajustando o passo para não atrapalhar a equipe.
Assim que entraram na sala de emergência, Mathias bloqueou a passagem do grupo.
— Vocês ficam do lado de fora — disse, firme, erguendo a mão.
Aurora jazia pálida, a respiração curta e irregular. Mathias olhou para uma das enfermeiras:
— Leve-os para a sala de espera. Providencie cobertores e um chá bem quente. Eles estão congelando. Não quero que esses três também acabem precisando de atendimento.
A enfermeira acenou rapidamente e começou a guiá-los pelo corredor. Raul seguiu sem questionar, o semblante fechado.
Lian hesitou, o olhar preso em Aurora, mas, sem opção, acabou se movendo. Álvaro, porém, permaneceu imóvel, sentindo o peso sufocante da própria impotência.
— Ela vai ficar bem