Motor Ligado. Máscaras Prontas. Que Comece o Jogo.
O som do motor do Maserati preto ronronava como um aviso — ou uma promessa.
 Clara Valentina cruzou as pernas ao entrar, puxou o cinto com a delicadeza calculada de quem sabia que cada gesto era observado. O vestido preto desenhava o corpo com precisão cirúrgica, e o zíper nas costas parecia mais uma armadilha do que um detalhe de moda.
 Dante entrou ao lado, fechou a porta com calma, girou a chave e finalmente — sorriu.
 - Aquele sorriso.
 Não o de charme.
 Nem o de cortesia.
 O de predador.
 — “Espero que você não se importe com italianos barulhentos…” — ele disse, passando a mão pelo volante como quem apresenta uma arma antiga.
 Clara ajeitou o coque com a ponta dos dedos, sem encará-lo:
 — “Se eles entregam o que prometem… não me incomodam.”
 Dante riu baixo, engatou a marcha e o carro deslizou pelas ruas como um sussurro luxuoso em meio ao caos de Manhattan.
 Silêncio.
 Mas não era desconforto.
 Era tensão sexual embalada em couro legítimo e perfume caro.
 Clara olhava pela janel