— “Meninas… preparem o emocional.”
Foi tudo o que Clara disse ao entrar no escritório, sapato na mão, coque ainda intacto, mas com os olhos de quem sobreviveu a um campo minado coberto por pétalas de rosa.
Rebeca largou o notebook no colo, Lívia parou no meio da garfada do iogurte, Nanda pausou a música no fone com cara de “isso vai ser bom”.
Clara jogou a bolsa na poltrona, chutou os saltos pro lado e afundou no sofá como uma CEO exorcizando um demônio chique.
— “Vamos começar pela entrada. Restaurante impecável. Ar-condicionado na medida, música jazz francesa ao fundo, garçon que fala baixo e te trata como se você tivesse ações da LVMH.”
— “Chique.” — disse Nanda, já pegando o caderninho de anotações como se fosse roteiro de novela.
— “Nos sentamos. Mesa privativa. Vinho branco no ponto. Dante fingindo que tá prestando atenção, mas eu sentia o olhar dele como se fosse laser de raio-X.”
Ela faz o gesto do scanner atravessando o corpo, só pra dramatizar.
— “Começamos a conversar. Sobr