Quando todos saíram, e o silêncio se instalou no quarto, ele começou a falar, a sua voz frágil, quase um sussurro, sem querer me preocupar.
— Helena, aconteceu alguma coisa com a minha moto. Não tinha freio algum.
As suas palavras me chocaram. Agora estava explicado por que ele não tinha tentado frear. O desespero, o medo, a preocupação que ele sentiu... tudo parecia tão real. Eu me aproximei dele, segurei a sua mão, e o meu coração se encheu de uma mistura de alívio e raiva. Alívio por ele estar vivo, raiva por alguém ter feito isso com ele.
— Quem faria isso, Léo? — perguntei, a minha voz era um sussurro, mas carregada de uma raiva que me assustava.
— Não sei, Helena, mas alguma coisa de errado aconteceu. Foi uma sabotagem, eu sei. Eu estava indo muito bem.
— Eu preciso sair daqui — ele disse, a voz cheia de desespero.
— Você precisa, mas primeiro você tem que se recuperar — falei, a sua mão na minha, o meu coração batendo forte, mas a minha voz era firme.
— E os negócios? — ele p