Acordei na madrugada, sentindo um pouco de náuseas. Talvez fosse a culinária egípcia diferente, ou talvez apenas a gravidez. Léo acordou quando me levantei da cama, e o seu olhar de preocupação me fez sorrir.
— O que foi, meu amor? Está tudo bem? — ele perguntou, com a voz suave.
— Sim, Léo. Só um pouco de náuseas. Vou ficar apenas um pouco na varanda para tomar um pouco de ar fresco — eu respondi, com a voz trêmula.
Léo se levantou e foi comigo. Sentamos na varanda, a vista das pirâmides sob a luz da noite nos dando um pouco de paz. O silêncio do deserto era quebrado apenas pelo som da nossa respiração.
— Sabe, Helena… eu nunca imaginei que um dia teria uma família — ele começou, a voz suave, cheia de carinho. — Eu que só pensava em trabalho, em dinheiro, em sucesso.
— E agora? — eu perguntei, com um sorriso.
— Agora, eu só penso em vocês. Na nossa família. Em você, Lucca, e o bebê que está vindo — ele disse, com a voz embargada pela emoção. — Aquele dia que nos encontramos no bar no