Dona Leonor estava certa. A ideia de uma viagem a sós com Léo, uma babymoon como ela chamou, era tentadora. Mas a ideia de deixar Lucca, mesmo com a família, me causava uma estranha pontada no peito. Desde que ele nasceu, nunca havíamos nos afastado dele por mais de algumas horas. O pensamento de estar longe dele por dias, em outro continente, era desconfortável.
Léo, percebendo a minha hesitação, pegou minha mão e a beijou.
— Meu amor, eu sei que é estranho. Mas Lucca estará em boas mãos, com a vovó Leonor, o vovô Ricardo e a Maria. Eles vão cuidar dele como se fosse o deles — ele me garantiu, a voz suave. — E nós precisamos desse tempo a sós. Para namorar, para relaxar, para ter um momento só nosso antes da chegada do novo bebê.
Ele continuou, os olhos azuis cheios de uma ternura que só ele tinha.
— Podemos explorar o Egito, ver as pirâmides, o Nilo…
Tudo bem, eu concordei com Léo. Iríamos daqui a duas semanas, quando eu já estaria com cinco meses. A ideia, embora ainda me causasse