Quando chegamos na serra gaúcha, o jatinho pousou. Eu senti um alívio enorme, a sensação de estar de volta ao lar era reconfortante, mas meu corpo ainda se sentia fraco. Lucca, nos braços de Maria, parecia alheio a tudo, dormindo tranquilamente. Léo me ajudava a descer, e eu me agarrava a ele, a cabeça ainda girando.
Quando estava descendo, a minha vista escureceu de repente. O mundo ao meu redor se tornou um borrão preto, e meu corpo amoleceu. Eu sentia uma tontura avassaladora, e o chão parecia vir na minha direção. Escutava longe a voz de Léo chamando meu nome, desesperado, em meio à escuridão. O som se tornou um eco.
Eu estava deitada na pista, sentindo o asfalto frio em minhas costas.
Aos poucos, fui retomando a consciência.
Léo estava ao meu lado, o rosto pálido e assustado, o olhar de pânico em seus olhos. A sua voz, que antes me parecia suave e cheia de carinho, agora era um som estrondoso.
— Helena! Helena! — ele chamava, a voz trêmula, cheia de medo. — Você está bem?
— Si