Passaram-se quatro dias desde que Léo viajou. O tempo, que antes corria, agora se arrastava. Eu já tinha editado todas as fotos que Fernanda me enviou e até comecei a ler um novo livro. A mansão, que antes era cheia de vida, parecia vazia sem a presença dele. O senhor Francesco se recuperava bem, e eu passava as tardes na biblioteca com ele, conversando e lendo. A enfermeira cuidava dele com todo o carinho do mundo.
Eu estava na sala, a barriga pesada e a saudade no peito, quando ouvi o barulho de um carro. Não prestei muita atenção, pensei que fosse Pietro ou Amélia. Mas a porta se abriu, e Léo entrou. O seu sorriso, cansado, mas genuíno, me fez chorar. Ele estava de volta.
— Helena! — ele disse, a voz cheia de emoção, enquanto corria para me abraçar.
Eu me joguei em seus braços, sentindo o calor do seu corpo, o cheiro de casa.
Seu Francesco, que estava no quarto com a enfermeira, ouviu o barulho. O seu coração, que antes estava tranquilo, bateu mais forte. A sua curiosidade, a sua