Saí do banheiro apressada, ainda sentindo o ardor no braço onde os dedos de Chiara haviam apertado com força. A água fria que joguei no rosto não tinha sido suficiente para aliviar a sensação de sufoco. Respirei fundo, tentando recompor a postura antes de atravessar o corredor principal. A última coisa que eu queria era que alguém notasse meu estado.
O escritório seguia em ritmo normal — pessoas digitando, reuniões rápidas sendo finalizadas, o som dos telefones ecoando em intervalos regulares. Mas, para mim, tudo parecia abafado, distante. Só conseguia ouvir a voz de Chiara ecoando na memória: “Ele pode até achar que gosta de você… mas eu sou a única que vai ficar.”
Mantive o olhar firme até a sala de vidro onde Vanessa estava revisando alguns contratos. Bati de leve na porta.
— Você tá péssima — ela disse antes mesmo que eu falasse, levantando-se da cadeira. — O que aconteceu?
Fechei a porta atrás de mim e respirei fundo.
— Foi a Chiara.
Os olhos de Vanessa se estreitaram.
— QUE? O q