Violeta
As minhas mãos passeavam pelos cabelos pretos de Pietro, idênticos aos do pai. Mamãe estava na nossa antiga casa, e Ítalo, como um bom genro, a acomodou em nossa antiga moradia.
Creio que não seria o mais ideal para ela, pois tudo lá lembra Manuela, contudo, era o desejo de uma mãe iludida.
As empregadas circulavam pela casa feito sombras, com certo receio, nenhuma ousava passar na minha frente. Eu sabia que Italo cuidava do seu harém, e me sentia coagida em pedir para que ele se desfizesse.
Eu poderia esperar lealdade de um homem que tem qualquer mulher na sua cama?
Meu coração tentava não pensar nisso, ao menos não agora, quando ele já sofria com a partida da minha irmã.
Senti Pietro se esvair pelos meus braços, ele já parecia tão familiarizado com a casa do pai, suas pernas corriam entre os móveis sofisticados e seus brinquedos espalhados, ele era um menino tão sorridente.
Meus olhos o fitavam brincar, minha memória trouxe eu com Manuela, pensei em como fo