Violeta
O relógio parecia desacelerar cada segundo enquanto aguardávamos impacientes o tão esperado momento das 2:00. A atmosfera estava carregada de tensão, e o coração batia acelerado. A minha irmã Manuela e a nossa mãe e eu estávamos presas naquele quarto, esperando a troca de turno na parte de trás do lugar onde estávamos.
Finalmente, a parte traseira ficou vazia. Era o momento perfeito. Determinada, peguei um objeto de metal, um tipo de pé de cabra decorativo. O som do vidro se quebrando ecoou pelo quarto, uma sinfonia de liberdade.
O som nítido do vidro estilhaçando-se misturava-se ao abafado grito de Manuela, que temia que o som pudesse alertar alguém.
Assim que o vidro cedeu, as três fugiram do quarto. O coração pulsava forte, e cada passo era uma fuga desesperada, os pelos eriçados. Tiros começaram a ecoar no corredor, fazendo com que nós três se encolhessem instintivamente. Ao olharmos para trás, á soldados por toda parte, mas estes não estavam focados em nós, e