Samuel estava em choque. O peso das palavras de seu pai, aquelas revelações que pareciam mais um enigma do que uma verdade, o estavam consumindo. Ele não sabia por onde começar a digerir o que acabara de descobrir. O que significava ser a “chave” para um segredo tão sombrio? E o que era esse poder que seu pai tanto temia? Seus pensamentos estavam uma bagunça, e a única coisa que ele sabia com certeza era que sua vida, a partir daquele momento, jamais seria a mesma.
Ele saiu do escritório do advogado com a carta em mãos, mas em sua mente, o que ressoava era o silêncio. O mundo ao seu redor parecia irrelevante enquanto ele tentava processar tudo aquilo. Os carros passando, as pessoas indo de um lado para o outro, nada fazia sentido. Samuel se sentia perdido, como se estivesse em um labirinto sem saída.
As ruas de Valmor, sempre movimentadas, agora pareciam desertas aos seus olhos. A cidade que ele conhecia tão bem parecia estranha, como se estivesse sendo vista pela primeira vez. Ele