Ela não sabia quanto tempo ficou vagando pelos corredores depois que Auren seguiu para a ala leste.
O tempo, às vezes, dentro do castelo, se esticava de um jeito estranho. As horas pareciam mais longas, os minutos mais densos, como se cada coisa carregasse mais peso do que deveria.
Quando, finalmente, decidiu ir para o quarto, a noite já tinha se acomodado por completo do lado de fora. As luzes internas criavam manchas claras no chão de pedra, alongando sombras nas paredes.
Ela fechou a porta atrás de si e encostou a testa na madeira por um instante.
Ele voltou.
Repetiu isso mentalmente, tentando acalmar o coração.
Ele voltou.
Mas não inteiro do mesmo jeito.
Ela imaginava o norte — o ar frio, os homens neutros, os olhos avaliadores, as armas, as palavras usadas como facas. Imaginava o momento em