Mundo ficciónIniciar sesiónAuren sentia o peso do próprio corpo como se tivesse atravessado outra batalha.
Mas, dessa vez, o campo de guerra não era o castelo de Draven, nem um salão coberto de sangue — era o próprio peito. A pele, o osso, a mente. Tudo nele parecia dividido em duas forças opostas: uma que queria segurar Céline com cuidado; outra que queria puxá-la para perto até não sobrar espaço para o ar.Ela ainda estava ali, os dedos entrelaçados aos dele, o rosto próximo o suficiente para que ele sentisse o calor de cada exalação. O cheiro dela — pele limpa, um toque de algo doce e terroso que ele nunca conseguia nomear — se infiltrava no mundo inteiro, apagando qualquer outra referência.Fenrir murmurou fundo, feito trovão abafado.“Você a provoca, a prende, e espera que eu fique quieto.”Auren manteve o olhar em Céline, mas respondeu por dentro:“Você teve o suficiente. Eu deixei você sair. Lutamos. Sobrevivemos. Agora é minha vez de respirar.”






