O coração dela batia tão forte que parecia querer sair do peito. Emi não sabia se era a ansiedade acumulada durante todos aqueles dias de espera ou o peso de finalmente estar ali, a alguns passos do irmão que não via há tanto tempo. O parque, normalmente acolhedor, parecia ter se transformado num cenário suspenso, onde cada folha caída no chão guardava o segredo desse reencontro.
 Ela apertava as mãos contra o tecido da saia do uniforme escolar, tentando conter o tremor. O vento suave mexia em seus cabelos, e por um instante ela sentiu que até o ar parecia mais denso, difícil de respirar.
 Haruki estava ali, parado, olhando para ela. O tempo havia se esticado, cada segundo se transformava em minutos, e cada minuto, em horas. O mundo inteiro continuava — os pássaros cantavam, um cachorro latia ao longe, passos apressados ressoavam das pessoas que passavam pelo parque sem dar atenção — mas para Emi, só existia ele.
 A carta que havia recebido ainda parecia quente dentro da sua lembranç