O ambiente da casa Aiba era um campo de tensão sufocante. As lágrimas da mãe ainda estavam frescas no chão, o pai permanecia em silêncio, e a tia sentada ao lado apenas observava. O tempo parecia congelado dentro daquelas quatro paredes.
No quarto ao fundo, sua irmã — Kana — tentava, em vão, encontrar alívio. Sentada na beira da cama, mexia no celular de forma distraída. Seus dedos percorriam vídeos curtos, músicas, memes. Tudo parecia bobo, sem graça. Nada preenchia o buraco que agora pesava em seu peito.
> "Ele foi embora mesmo… e nem se despediu de mim."
Sentia-se sozinha. Pela primeira vez, sentia-se invisível. Um gosto amargo de rejeição que ela nunca conhecera, agora cravava-se em sua garganta.
Ao deslizar para um vídeo aleatório, o nome a fez congelar.
"Haruki Aiba – composição original, solo instrumental"
Seus olhos arregalaram-se. A miniatura do vídeo mostrava um pequeno estúdio com luz baixa. Era claramente um espaço profissional. Ela clicou.
A música começou s